Complexidade humana
- Walter Miez
- há 2 dias
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A experiência humana é marcada pela ambivalência e pela complexidade emocional. Sentimos amor e raiva, desejo e culpa, esperança e medo, às vezes, tudo ao mesmo tempo. Essa pluralidade interna reflete a condição de sermos seres em constante construção, lidando com contradições que fazem parte da vida.
Nesse processo, não somos apenas vítimas das circunstâncias, nem vilões das histórias que nos envolvem. Somos, ao mesmo tempo, resultado de nossas escolhas e sujeitos que seguem elegendo quem queremos ser e para onde desejamos ir. Nossas trajetórias não estão pré-determinadas, mas também não são completamente livres de influências externas. O passado nos atravessa, molda nossos afetos e crenças, mas não define, por completo, o que ainda podemos construir.
Reconhecer essa complexidade nos ajuda a sair da dicotomia entre culpabilização e vitimização. Não se trata de negar as dores e injustiças que sofremos, nem de ignorar os impactos das nossas ações sobre os outros. Pelo contrário, significa assumir a responsabilidade pelo que fazemos sem cair na armadilha da culpa paralisante ou da justificativa absoluta.
A vida se desenha nesse espaço dinâmico entre o que já fomos e o que escolhemos ser. Cada decisão carrega camadas de significados, algumas conscientes, outras nem tanto. E é nessa trama de emoções, relações e escolhas que seguimos, aprendendo a lidar com a ambivalência sem medo da complexidade que nos torna humanos.
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