Contato com a morte
- Walter Miez
- há 4 dias
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A experiência de contato com a morte raramente nos deixa indiferentes. Muitas vezes, desviamos o olhar, evitamos o assunto ou sentimos um horror instintivo diante dela. A morte nos assusta porque é a única certeza que temos e, ao mesmo tempo, a maior incógnita da existência. No entanto, esse sentimento é paradoxalmente agridoce, pois, ao nos confrontarmos com a finitude, somos levados a refletir sobre a preciosidade da vida.
O temor da morte é, em grande parte, o temor de uma vida desperdiçada. Diante da perda, nos perguntamos: Estou vivendo de verdade? Estou aproveitando o tempo que tenho? Essas questões nos sacodem, nos fazem rever escolhas, nos despertam para a urgência do presente. A morte, paradoxalmente, nos ensina sobre a importância da vida bem vivida, uma vida com significado, com presença.
E por isso, embora a morte carregue dor e mistério, também pode ser um convite para valorizarmos nossa existência. A consciência da morte pode nos ensinar a amar mais intensamente, a perdoar com mais facilidade e a buscar aquilo que realmente nos dá sentido.
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