Autossabotagem
- Walter Miez
- há 1 dia
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A autossabotagem é, muitas vezes, um mecanismo invisível que nos impede de viver plenamente o presente, por medo, insegurança ou apego a padrões rígidos. Fugir desse ciclo não significa ignorar responsabilidades, mas reconhecer que a vida não se resume a cumprir tarefas. É preciso abrir espaço para experimentar, errar, aprender e se transformar com os recursos que se tem hoje. A experiência do agora carrega em si potenciais valiosos, mesmo que limitados, os meios disponíveis no presente são suficientes para o primeiro passo.
Todos temos obrigações, sim, mas viver é também acolher os pequenos prazeres do cotidiano, permitir-se sonhar e criar novos significados. Quando nos tornamos reféns da ideia de que só seremos merecedores da própria vida após cumprir todas as metas, deixamos de contemplar as outras formas de realização que existem além da produtividade. Autossabotar-se é adiar a alegria, o descanso, os encontros, as tentativas, esperando por um momento perfeito que talvez nunca chegue.
O mundo está sempre em movimento, cheio de possibilidades e novos encantamentos. Há sempre algo que pode despertar sua curiosidade, reacender sua paixão ou inspirar um novo caminho. Por isso, viva o que te acende hoje. Saboreie o que for possível com presença e gratidão, sem esperar que tudo esteja sob controle. Ao fazer isso, você se abre para o inesperado, e um novo projeto, uma nova ideia ou um novo desejo pode surgir com leveza. Fugir da autossabotagem é, no fundo, um gesto de coragem e amor próprio. É decidir que viver não é adiar-se.
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