Máquina da produção.
Você já pensou o quanto nos sentimos obrigado, empurrado, impulsionado, seduzido, convidado a produzir cada vez mais? Nos é exigido está sempre com a melhor performance, com o nível de energia alto, acompanhando todas as séries que estão sendo lançadas, assistindo todos os filmes que concorrem ao Oscar, implicado com a melhor alimentação, regular na prática de atividades físicas, lendo todos o livros que são recomendados nas revistas - temos a "obrigação" de dar conta de um tudo - garantindo assim que a máquina do capital gire.
Mesmo que o volume de atividades empenhadas seja grande, isso não garante qualidade na produção. Quando encontramos outras possibilidades de entretenimento e arejamento, quando fazemos por escolha e não por obrigação, encontramos outro ritmo de vida. Abandonamos a ideia do muito pelo muito, presando assim pela qualidade. Não se trata de uma presença qualquer, mas de uma presença mais criativa, mais arejada, mais honesta.
É assim que acabamos por produzir na quantidade que nos dispomos sem perder qualidade de vida.
Não adianta buscar a maior quantidade de performance sem pensar sob quais condições se performa. Assim, devemos nos implicar em nossas tarefas sem abandonar os pontos de respiro - eles garantem que estejamos mais saudáveis e tenhamos sacadas mais inteligentes para gerir a vida. É assim que estamos mais em condições de fazer o que nos dispomos a fazer.
#ParaTodosVerem: Na imagem uma pessoa de pele clara veste uma camisa azul de manga cumprida e segura um quadro escuro com o desenho de uma prancheta a giz.
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