Amor
Só existe uma forma de amor que implica posse provisória dos corpos das pessoas: quando o amor pede sexo para se completar. E, assim mesmo, não chega a ser posse a relação sexual. Depois do orgasmo, os corpos necessitam estar separados um do outro. Eu sinto que é sempre mais prazeroso e mais bonito o amor em mim quanto menos me sinto possuidor das pessoas que amo e quando essas pessoas sentem menos possuídas por mim. No sexo e nas outras formas de amor também. (...) Amar livremente o nosso amor não apropriador de pessoas e coisas é uma forma muito perigosa de viver. (p.92-93)
Roberto Freire - Ame e dê vexame