O jogo do amor
O jogo do amor
Quando gostamos de alguém não precisamos fazer nossa aproximação tal qual num jogo de xadrez no qual o meu movimento deve ser seguido do movimento do meu “adversário/parceiro” de jogo para que só assim eu possa fazer a minha jogada.
Compreender que não se trata de ganhar ou perder é alcançar um estado de disposição e entrega à vida.
Toda vez que avaliamos a movimentação do outro para só assim fazermos a nossa, tentamos play safe, expressão em inglês que em tradução literal quer dizer “jogar seguro”. Jogar seguro é brincar no parquinho de capa de chuva, para caso chova, casaco, para caso faça frio, protetor solar, para caso faça sol e joelheiras, para evitar se machucar nas quedas. Aí a brincadeira fica chata, né?
Observar a movimentação do adversário/parceiro para fazer a sua é atentar-se apenas ao esquema de sobrevivência, é esquecer de se divertir com as investidas, é apagar a possibilidade de surpreender-se com o que o outro traz sem ter um esquema estratégico já montado para rebater qualquer jogada e evitar que outro trapaceie, ganhe, ou melhor te vença.
Ninguém está à procura de machucar-se e certamente amar solto, sem jogos, sem manuais, não se trata de “viver perigosamente”, mas de viver.