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Preconceito



A categorização é a forma como nossa mente organiza e classifica os estímulos recebidos ao longo de nossa vida. A categorização tem a importante função de criar referências das informações que recebemos aproximando ou distanciando daquilo que conhecemos, dando sentindo à nossa existência e economizando energia cognitiva.

Um dos critérios utilizados essa organização é o valor e aí chegamos ao preconceito. Os grupos são categorizados dentro de informações positivas e/ou negativas partilhadas socialmente. Assim, nas nossas interações aprendemos e reproduzimos informações que dão identidade ao nosso grupo, nos diferenciam dos demais e trazem a sensação de supremacia.

Dessa forma, quanto mais negativa for a nossa referência de determinados grupos, maior a nossa tendência ao distanciamento social desses grupos, bem como, quanto maior o nosso distanciamento, maior a nossa necessidade de recorrer a essas referências preconceituosas para falar sobre os mesmos.

As diferenças de poder entre os grupos também nos convidam a pensar em como essas relações de dominação precisam do preconceito para justificar culturalmente as hierarquias entre os grupos, as opressões, as violências, as marginalizações sofridas por esses grupos “minoritários” e os privilégios de quem detém essa hegemonia.

Portanto, o preconceito só pode ser quebrado a partir: (1) da nossa aproximação desses grupos; (2) do entendimento da função do preconceito para que eu (e meu grupo) me sobressaia sobre o outro (e o grupo dele); (3) de políticas de reparação histórica para amenizar a diferença de acessos que por muito tempo foram negados a esses grupos, tais como as cotas para pretos, indígenas, LGBTQIA+ e portadores de deficiência; (4 ) da oportunização de debates para que os grupos falem sobre si e espaços para fortalecer elementos de sua identidade e redes de solidariedade.


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