O funcionamento da ansiedade
Medos normais são transformados em paranoias paralisantes, sensações de aterramento no medo e impossibilidade de se viver algo diferente disso.
Flutuações emocionais comuns são traduzidas em sensações ampliadas de instabilidade e caos.
Movimentos e atividades são convertidas em agitação e uma tentativa incessante de calcular o futuro.
O cansaço cotidiano é somado dia-a-dia trazendo a sensação de exaustão e a dificuldade de repouso pela inquietação.
A ansiedade mente para gente nos fazendo acreditar que não vai passar e que tudo vai mal.
Façamos um paralelo com uma dor de cabeça – quando a sentimos temos dificuldade com a exposição à luz e leitura e todo som nos parece excessivamente ruidoso, contudo, não acreditamos que esses sintomas passarão a se tornar recorrentes na nossa vida, pelo contrário, sabemos que assim que nos medicarmos e/ou repousarmos, estaremos melhor.
Esse raciocínio também é importante para lidarmos com o adoecimento mental, primeiro para reconhecermos que o adoecimento interfere diretamente nas nossas sensações, especialmente em situações de crise, portanto, é importante duvidar das mentiras contadas pela ansiedade. Segundo, é importante que saibamos que dispomos de recurso para voltar o nosso corpo e mente a um estado mais estável, seja via medicação, psicoterapia ou repouso. Terceiro, é fundamental que a gente apesar do mal-estar ter uma causa, é passível de cuidado, tratamento, compreensão e melhora. Assim, conseguimos perfurar as camadas que estruturam a ansiedade e ao reconhecer esses esquemas, desmontamos pouco a pouco o mal em potencial que esse adoecimento nos causa. Lembre-se, não há mal que dure para sempre.
#PraTodosVerem: No vídeo fala um homem branco, de cabelo bem curtinho, vestindo uma camisa de botão branca com quadradinhos azuis e ao fundo quadros de artesãos nordestinos.
Song Bubuia, by Céu from album Vagarosa. License by Ceative Commons.
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