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Autoamor

Muitas pessoas aprendem desde a infância que para serem amadas e valorizadas, precisam ser úteis e ter sucesso em tudo. Esse pensamento se enraíza, levando-nos a desenvolver a necessidade de ser constantemente aprovados pelos outros. Assim, passamos a buscar essa validação externa, como se o valor que temos dependesse da maneira como somos vistos.

Mas a verdade é que não podemos abraçar o mundo sozinhos, nem priorizar sempre as demandas do outro. Com o tempo, entendemos que é preciso reconhecer nossos limites e aceitar que parar para descansar, cuidar de si, é essencial. Afinal, a mente e o corpo, assim como qualquer máquina, também podem superaquecer. Ignorar isso é ignorar nossa própria humanidade. Esse autoconhecimento não é fraqueza, e sim, uma maneira de nos preservarmos e nos fortalecermos para o que está por vir.

É importante, então, cultivar a ternura e a generosidade consigo mesmo. A autocritica, em geral, tende a ser muito severa, exigindo-nos padrões quase inatingíveis e minando nossa autoconfiança. Nos forçamos a ser melhores, a alcançar sempre mais, a fazer as coisas da maneira "certa" e, nesse caminho, esquecemos nossas potencialidades. Práticas de bem-estar podem ser vividas como uma cobrança constante ou como uma expressão de autoamor.

O autocuidado é um processo de reconhecimento de que merecemos descanso, atenção e carinho. Ele não deve ser confundido com cobranças, mas com um compromisso consigo mesmo, com a sua saúde mental e física. Substituir a autocobrança pelo autoamor consciente é um exercício que exige treino e paciência, mas que, com o tempo, permite viver de forma mais leve e verdadeira. Esse aprendizado é uma jornada, e cada passo é um ato de amor-próprio, que nos fortalece para sermos, em primeiro lugar, cuidadosos com nós mesmos.


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