Crise da leitura
- Walter Miez
- há 19 horas
- 1 min de leitura

Em meio ao bombardeio constante de estímulos digitais, o hábito de ler tem sido cada vez mais negligenciado e isso tem consequências sérias. A leitura, para ser aprimorada, precisa de prática constante. Mas o uso excessivo de telas, especialmente entre crianças e adolescentes, está nos conduzindo a uma forma de leitura apressada, superficial e pouco reflexiva.
Estudos mostram que adolescentes passam até 40% do dia conectados. Isso reduz drasticamente o tempo dedicado à leitura profunda, à concentração e à capacidade de análise crítica. O excesso de estímulos digitais reconfigura o cérebro, dificultando a compreensão de textos complexos, a identificação de fake news e o envolvimento com narrativas bem construídas.
Quanto tempo faz desde o último livro que você leu?
Crianças que crescem conectadas desde cedo se habituam à hiperestimulação e à gratificação imediata. Quando afastadas das telas, mostram sinais de tédio, irritação e dificuldade de foco, tudo o que vai contra o processo natural e paciente da leitura.
Para reverter esse cenário, é essencial apresentar os livros às crianças desde os primeiros anos de vida. O exemplo dos pais é determinante: ler junto, conversar sobre histórias, oferecer livros variados e criar uma rotina de leitura são práticas simples, mas poderosas.
A leitura não é só um passatempo, é ferramenta de autonomia, pensamento crítico e sensibilidade. Resgatar o prazer de ler é urgente. A crise é real, mas o hábito pode ser reconstruído, página por página.
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