Modelos de sociedade
- Walter Miez
- 7 de mar.
- 1 min de leitura

A ideia de propósito, bem-estar e recompensa varia entre sociedades coletivistas e individualistas. Mesmo as noções de cuidado e realização são moldadas pelo contexto social.
Sociedades individualistas incentivam a performance individual e o consumo para autossatisfação, elementos ampliados pelo capitalismo. Já em sociedades coletivistas, o bem-estar e o prazer estão associados ao pertencimento coletivo e aos valores comunitários. Nessas sociedades, o senso de continuidade entre gerações é essencial, promovendo escolhas que priorizam o bem-estar futuro da comunidade.
Enquanto em sociedades individualistas a identidade é construída por conquistas individuais, em coletivistas o foco é o impacto positivo no grupo. Há incentivo para nos tornarmos "bons ancestrais", deixando um legado de valores e responsabilidade. Isso gera decisões que conectam o passado, o presente e o futuro, incentivando cuidado com os laços familiares e culturais.
É importante lembrar que nossas críticas a outras culturas refletem a forma como nosso pensamento é moldado a partir da nossa cultura.
Em sociedades coletivistas e individualistas também existem diferenças sobre como felicidade, consumo e realização são percebidos. Em sociedades coletivistas, como muitas culturas africanas e indígenas, a felicidade é alcançada por meio do pertencimento e do respeito às tradições. Já em sociedades individualistas, como nos países europeus, felicidade é associada à realização pessoal e consumo, que podem gerar satisfação a curto prazo, mas frequentemente levam ao "paradoxo do progresso", onde a abundância material não garante felicidade duradoura.
É importante refletir com qual perspectiva nos reconhecemos posto que tais valores moldam diferentes caminhos para a realização e bem-estar.
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