O que é empatia?
- Walter Miez
- há 6 dias
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Por vezes, nos deparamos com situações em que acreditamos ser mais sábios, evoluídos ou esclarecidos do que o outro. Essa sensação, embora comum, pode nos afastar da compreensão genuína das experiências alheias. Cada pessoa carrega uma história única, marcada por vivências, aprendizados e contextos que moldam a forma como enxerga e reage ao mundo. Nossas percepções, por mais bem-intencionadas que sejam, não são universais.
É como estar no topo de uma montanha e acreditar que, por estarmos em um ponto mais alto, temos a visão mais completa, mais bonita ou mais verdadeira. No entanto, esquecemos que, mesmo de lá, nossos olhos não alcançam tudo. Há vales ocultos, caminhos não visíveis e paisagens que só podem ser vistas de outros ângulos. Assim como enxergamos o que outros não veem, há também aquilo que só o outro pode perceber a partir do lugar em que está.
A empatia nasce justamente dessa consciência: reconhecer que o nosso ponto de vista é apenas um entre muitos possíveis. Ela não exige que concordemos com tudo ou que abandonemos nossas verdades, mas que estejamos abertos a compreender o outro sem julgamentos apressados. Ser empático é sair, ainda que momentaneamente, da centralidade do “eu” para fazer espaço ao “outro”.
Ao exercitar a empatia, expandimos nossa forma de ver o mundo. Passamos a perceber nuances, complexidades e realidades que antes nos escapavam. E, nesse processo, não apenas nos conectamos de forma mais humana, mas também nos tornamos mais humildes, menos rígidos e mais conscientes das nossas próprias limitações.
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