Padrões e aprovação
- Walter Miez
- 13 de abr.
- 1 min de leitura

A cultura estabelece padrões de beleza, comportamento e sucesso que moldam a forma como somos vistos e aceitos. Seguir essas normas pode parecer o caminho mais fácil por trazer aplausos, atenção e aprovação. Contudo, para caber nesses padrões, nos submetemos a insistentes sacrifícios físicos, emocionais e financeiros.
No caso dos corpos, por exemplo, há um modelo específico de beleza que define quem é mais desejado e valorizado. Quem não se encaixa nele está menos sujeito a olhares de admiração e reconhecimento. Mas, talvez esse seja um preço mais barato a se pagar do que o de viver preso a um ciclo interminável de intervenções, cobranças e ansiedade para sustentar um padrão que, inevitavelmente, se tornará insustentável.
Desvencilhar-se dessas normas não significa ignorar os desafios que vêm com essa escolha. A sociedade ainda favorece quem se adequa às suas expectativas. No entanto, abrir mão dessa busca incessante pode trazer uma liberdade muito maior: a de não depender da validação de quem também está preso a esses padrões. Quando nos libertamos dessas amarras, passamos a nos conectar com pessoas igualmente livres, mais leves e menos preocupadas com a aparência e mais interessadas em quem realmente somos.
A escolha está entre pagar o preço de não ceder às pressões ou de se aprisionar a padrões inalcançáveis. O que estamos dispostos a fazer pela aprovação?
Commentaires