Vida em comunidade
A vida em comunidade nos demanda entender que nosso ponto de vista não é a única variável para tomadas de decisão.
Em nossos vínculos partilhamos tarefas para o bem comum. A forma como dividimos quem vai lavar a louça, quem vai fazer as compras, quem vai varrer a casa, precisa considerar disponibilidade dos horários e o interesse individual sobre aquele cuidado, mas também a necessidade do coletivo.
Não necessariamente existe uma regra para haver respeito em nossas relações e nossas diferenças individuais desafiam essas interações. Contudo, é preciso atentar que nosso estilo de ser não deve acontecer às custas delegar ao outro responsabilidades que são nossas. Por exemplo: se eu acho que lavar a louça uma vez por semana funciona no meu estilo de vida, preciso avaliar se isso não prejudica a comunidade ou se é possível alinhar uma medida comum para o grupo. Se vivo dentro de uma comunidade, preciso considerar se meu modo de ser está em harmonia com o interesse coletivo de conviver bem.
A autonomia tem valor justamente por não se amparar numa autoridade de prejudicar o outro. Assim, nossa liberdade não deve colocar o outro em prejuízo por conta da nossa livre vontade de fazer.
