A vida para além da tarefa
- Walter Miez
- 30 de mar.
- 2 min de leitura

Em geral, o propósito de vida acontece especialmente quando saímos do fluxo "trabalhar - descansar do trabalho - descansar para trabalhar". Fora das nossas tarefas e responsabilidades usuais, precisamos eleger se usaremos nosso tempo, dinheiro e energia para alguma conquista, seja pela via da materialidade, como um apartamento, um carro, uma roupa... seja pelo acesso a uma experiência ou habilidade, como uma viagem, pintura, artesanato, canto, esporte.
Essa escolha define não apenas o que fazemos, mas quem nos tornamos. Afinal, somos moldados por aquilo que cultivamos ao longo do tempo. Quando nos permitimos explorar interesses além das obrigações diárias, encontramos novas perspectivas, ampliamos nossa visão de mundo e, principalmente, damos sentido à nossa existência.
Muitas vezes, a rotina pode nos fazer esquecer que há um universo inteiro de possibilidades esperando para ser vivido. A pressa e a repetição do cotidiano criam uma ilusão de inevitabilidade, como se não houvesse alternativas. Mas sempre há. Podemos escolher investir em algo que nos desperte entusiasmo, que nos desafie ou que simplesmente nos faça sentir vivos.
O propósito, então, não é um destino fixo, mas um caminho que se constrói. Pode estar em aprender algo novo, em criar algo significativo, em compartilhar momentos ou em contribuir para algo maior que nós mesmos. Pequenas decisões diárias, como dedicar alguns minutos a um hobby, buscar uma experiência inédita ou até mudar uma rota habitual, podem revelar caminhos inesperados e transformadores.
No fim, encontrar propósito significa sair do piloto automático e reconhecer que há mais na vida do que apenas cumprir funções. É permitir-se sonhar, experimentar e construir uma trajetória que reflita aquilo que realmente importa para nós.
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