Vulnerabilidade ao adoecimento
- Walter Miez
- 7 de jul.
- 1 min de leitura

A vulnerabilidade ao adoecimento mental não escolhe classe social. Pessoas ricas, muitas vezes cercadas de conforto material, também podem se ver imersas em crises profundas. Ao mesmo tempo, há quem, mesmo em contextos de pobreza, resista com resiliência e encontre formas de preservar sua saúde mental. O sofrimento, nesse sentido, não se mede apenas por condições externas, mas por como cada pessoa se vê diante da própria existência.
Ainda assim, é impossível ignorar que a desigualdade social impõe desafios concretos à saúde mental. Fatores como moradia precária, insegurança alimentar, instabilidade financeira e ausência de lazer comprometem a saúde de qualquer um. São quatro pilares básicos para o bem-estar psíquico: ter um lar estruturado, segurança financeira, acesso à alimentação digna e oportunidades reais de lazer e descanso. Quando esses elementos faltam, o risco de adoecimento aumenta significativamente.
É fundamental considerar tanto os aspectos sociais quanto os fisiológicos ao pensar em saúde mental. O sofrimento psíquico não nasce no vazio: ele é tecido nas relações, nas histórias de vida, nos corpos e nos contextos que moldam nossas experiências. Não há fórmula única para entender o que nos adoece, mas há caminhos possíveis para garantir condições mínimas de existência digna. E isso é responsabilidade coletiva.
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