top of page

Boas características

  • Foto do escritor: Walter Miez
    Walter Miez
  • há 5 dias
  • 1 min de leitura
ree

Quando somos provocados a pensar sobre nossas boas características, é comum que, quase automaticamente, elenquemos aquelas que têm valor na relação com o outro: “sou empático”, “sei ouvir”, “sou prestativo”, “gosto de ajudar”. Isso revela uma dimensão importante da nossa subjetividade, marcada por relações e pelo desejo de pertencimento. Reconhecemos em nós aquilo que reverbera fora de nós, aquilo que produz bem, utilidade ou cuidado no mundo ao redor.


Mas nem sempre somos ensinados a valorizar ou sequer identificar características que são potência para nós mesmos. Aquilo que nos faz bem, mesmo que não tenha uma função direta no mundo exterior. Ser sonhador, curioso, sensível, silencioso, imaginativo. Ser alguém que dança sozinho, que gosta de ficar em silêncio, que escreve coisas que ninguém lê, que cria mundos internos. Essas características, muitas vezes invisíveis aos olhos sociais, também são força. São modos de sustentar quem somos quando o mundo parece exigir que sejamos úteis.  


Reconhecer nossas potências para o outro é bonito e necessário, afinal, somos seres de relação. Mas reconhecer nossas potências para nós é revolucionário. É afirmar que merecemos existir não apenas pelo que entregamos, mas também pelo que sentimos, pelo que desejamos e pelo que nos nutre por dentro. É um gesto de cuidado radical, de autoconhecimento e de resistência amorosa a uma lógica que só valoriza o que serve, o que produz, o que rende. Nem tudo precisa servir ao outro para ter valor. 


 
 
 

Comentários


Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Email_edited
  • Grey Facebook Icon
  • Grey LinkedIn Icon
CONTATO

Walter Miez

PSICÓLOGO CLÍNICO,
ANALISTA SOCIAL
& CONSULTOR
Telefone:

+55 (31) 99384-4130

E-mail:

waltermiez@gmail.com 

Sua mensagem foi enviada com sucesso!

bottom of page