Honrar o fim.
Quando pensamos num galho seco, podemos entender que por mais que coloquemos ele na terra mais nobre e mais nutritiva, ele não ganha vida, porque já não corre mais seiva nele. Um galho seco já cumpriu seu propósito de vida e não tem como mais se tornar uma árvore.
Respeitar esses ciclos de início e fim, vida e morte, é entender que enquanto houver a seiva que nutre nossas relações, existe vitalidade e potencialidade de recuperação.
Se nós, nossa relação ou nosso projeto seca, não adianta fingirmos que pode ser ressuscitado.
Às vezes nosso apego ao galho é tão forte que não conseguimos compreender que daquela matéria não é mais possível brotar vida que um dia projetamos. Esse galho aduba, alimenta a terra que abrirá espaço para o novo, mas não há mais o que brote dele.
O projeto ou a relação que corre vida pode ser restaurada, cuidada e reinventada.
O projeto ou a relação que secou seja porque cansamos, desistimos, não investimos, não faz mais sentido, só nos resta agradecer.
Avaliamos, assim, tudo o que foi possível mobilizar e trabalhar nesse percurso.
É honrar, entregar e buscar outras formas de vida.
#ParaTodosVerem: Na imagem há uma flor branca despedaçada e uma foto de um casal heterossexual rasgada ao meio sobre uma mesa de madeira marrom.
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