O que é comunicação gentil?
- Walter Miez
- há 4 dias
- 2 min de leitura

Criar um espaço de escuta empática é um dos caminhos mais potentes para nos conectarmos verdadeiramente com o outro. Quando buscamos esse contato com presença e acolhimento, facilitamos o vínculo e tornamos a comunicação mais leve e significativa.
Mais do que as palavras ditas, os gestos, as expressões e o tom de voz também falam. Observar com sensibilidade o corpo do outro pode nos ajudar a perceber se ele está aberto ou mais na defensiva. Geralmente, quem está receptivo se mostra com os ombros soltos, o olhar disponível, a voz serena e pausada. Já quem está na defensiva tende a endurecer o semblante, elevar o tom de voz ou acelerar a fala — sinais que merecem ser escutados com cuidado, e não com julgamento.
Estabelecer um bom diálogo não exige apenas técnica, mas presença. Estar aberto ao encontro significa deixar-se afetar, ainda que brevemente, pelo universo do outro. Pequenas atitudes como manter o olhar, escutar com atenção, valorizar o que foi dito e reconhecer a intenção por trás da fala criam um espaço mais seguro e respeitoso para a troca.
Mesmo quando não concordamos com a opinião alheia, é possível validar a experiência compartilhada e só depois trazer o nosso ponto de vista. Essa escuta respeitosa não é sobre concordar sempre, mas sobre permitir que diferentes percepções coexistam com dignidade.
Quando acolhemos o que o outro traz, não estamos apenas sendo gentis — estamos também nos abrindo para ampliar nossa visão de mundo. E nesse gesto, aprendemos que se conectar verdadeiramente é menos sobre responder e mais sobre estar inteiro na escuta.
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