Paranoias.

As vezes a mente cria narrativas para pensarmos sobre determinado ponto sensíveis para nós. Ela transforma esse medo em pânico, e ao invés de nos lembrar de pontos de alerta que devemos nos atentar ela dispara um alarme que nos paralisa, faz a gente fantasiar com as piores alternativas e contar sempre com o pior por vir. Isso não é autocuidado, isso é paranoia.

Lembre-se que as vezes determinados medos, incômodos são apresentados pela nossa mente ansiosa em formato de monstro só para nos lembrar que se o bicho pegar, ela está em alerta. Às vezes até mais do que precisaríamos. Sei que no meio do pânico gerado pela paranoia, é difícil buscar um terreno seguro para nos abrigar da tempestade, mas não se esqueça que a mente cria esses recursos para testar nossos sistemas de alerta, nossa capacidade de notar o perigo e nosso preparo para enfrentá-lo mesmo que esse esteja sendo antecipado, não se apresente de pronto, seja só uma fantasia. Saibamos separar o que é medo, dispositivo importante para nos atentarmos a perigos possíveis, e o que é paranoia, criação mental desproporcional ao real que ao invés de nos auxiliar, nos paralisa.

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