Qual o lugar do homem no feminismo?
- Walter Miez
- há 9 horas
- 2 min de leitura
O feminismo é um movimento de luta pela emancipação, reparação e equiparação de direitos entre os gêneros. Para cumprir esse propósito, ele precisa ser diverso, abrangendo as inúmeras realidades das mulheres: lésbicas, trans, negras, periféricas, entre outras. Cada uma dessas vivências traz demandas políticas específicas que precisam ser reconhecidas e atendidas.
Sendo um movimento protagonizado por mulheres, é essencial que elas tenham seus espaços de fala respeitados e ocupem lugares de decisão e representatividade, algo que historicamente lhes foi negado. Diante disso, surge uma pergunta importante: qual é o lugar do homem no feminismo?
Os homens podem e devem atuar como aliados, mas isso exige ações concretas. O apoio ao feminismo não pode ser apenas um discurso vazio, mas sim uma mudança de postura no dia a dia. Isso inclui: repensar e eliminar comportamentos machistas, evitando reproduzir padrões que perpetuam desigualdades; escutar mais e minimizar menos - quando uma mulher relata uma experiência de opressão, ela não precisa de um questionamento ou justificativa, mas de acolhimento e respeito; confrontar outros homens - muitas violências e discursos machistas são reforçados entre grupos masculinos. Um aliado não se cala quando ouve uma piada sexista ou um comentário misógino, mas usa sua posição para questionar e educar.
A Psicologia desempenha um papel fundamental na luta feminista, tanto no campo teórico, ajudando a construir bases para a equidade de gênero, quanto no suporte terapêutico. Ela atua na atenção às vítimas de violência, auxiliando na reconstrução emocional, e também no acompanhamento de agressores, buscando a desconstrução de padrões tóxicos de masculinidade.
Ser aliado ao feminismo não significa ocupar o espaço das mulheres ou falar por elas, mas sim agir ativamente para desconstruir estruturas machistas, ampliando espaços de equidade e respeito.
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